quarta-feira, 5 de maio de 2021

Europa deve se abrir apenas aos imunizados com vacinas aprovadas pela UE

 

Em uma entrevista ao jornal americano The New York Times, no final de abril, Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, afirmou, sem especificar a data, que a UE deve abrir suas fronteiras a turistas norte-americanos vacinados este verão. E mais: que o bloco só deve aceitar, por enquanto, viajantes imunizados com as vacinas aprovadas pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA). Ou seja, só teria luz verde quem levar a picadinha com os fármacos produzidos pelas farmacêuticas Moderna, Pfizer/BioNTech, Johnson & Johnson e AstraZeneca. 

A mesma medida foi adotada pela China, que já havia anunciado que só concederia visto a quem estivesse imunizado contra a Covid-19 com alguma vacina chinesa.

Para retomar o turismo, a Europa deve finalmente implantar um passaporte de saúde em junho, no começo da temporada de verão, para facilitar a circulação de pessoas imunizadas. A criação do documento vem acompanhada de uma série de discussões do ponto de vista ético, já que a vacinação não apenas está acontecendo de forma desigual no mundo (com sério prejuízo dos países em desenvolvimento), como em cada país, mesmo dentro da Europa

Ao abrir-se apenas aos vacinados com medicamentos aprovados pela EMA, a UE levanta mais uma polêmica sobre o documento, ao discriminar cidadãos de um mesmo país pelo tipo de vacina, sendo que, quase sempre, não existe a possibilidade de optar.

É o caso do Brasil. Se a triagem por tipo de vacina fosse aplicada ao nosso país (o que não está na mesa neste momento), ficariam de fora todos os brasileiros imunizados com a CoronaVac – a quem restaria, no entanto, a opção de trocar Paris por Pequim nas próximas férias.






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