Brasil está entre os principais investidores em energias renováveis mundiais, o que é uma excelente notícia para o Nordeste.
Nova pesquisa revela dados mundiais de investimentos em energias renováveis e o Brasil desponta entre os dez maiores países investidores renováveis do mundo. Isto é uma excelente notícia para o Nordeste, já que a região é uma das principais produtoras de energia eólica do país, com investimentos crescentes do setor nos estados da Bahia, Rio Grande do Norte e Ceará, que ocupam os primeiros lugares no ranking, no Nordeste.
Confira a seguir o resultado da pesquisa, divulgada dia 25 de março e que traz bons ventos para nossa economia!
Brasil entre os dez maiores investidores renováveis do mundo
O Brasil sempre investiu mais em usinas térmicas, mas com o surgimento de novas tecnologias, desde 2013 elas estão entre os tipos de usinas mais caras, forçando os governos a buscarem novas alternativas, possíveis com as novas tecnologias. A queda do nível dos reservatórios das hidrelétricas também foi preponderante para acelerar esta busca, aumentando também o investimento em energias renováveis limpas e competitivas, como a solar e a eólica.
Sendo a região com melhores ventos no país, o Nordeste vem despontando na geração de energia eólica, que só tende a crescer em todo o mundo, como mostram os números: em 2015, os investimentos em energias renováveis atingiram o valor de 286 bilhões de dólares, um dos mais altos já registrados.
O montante foi, pela primeira vez, maior que o dobro do registrado para os recursos gastos com carvão e gás. Além de quebrar este recorde, 2015 também foi o primeiro ano em que países em desenvolvimento investiram mais em energias limpas do que as nações desenvolvidas. O Brasil esteve entre os dez maiores investidores em renováveis do mundo.
Três gigantes eólicos: Brasil, China e Índia
A pesquisa revela que fontes renováveis geraram 134 gigawatts adicionais em 2015, em comparação com os 106 GW produzidos em 2014. O valor equivale a 54% de toda a potência energética adicional produzida no ano passado. Essa quantidade de energia limpa impediu que 1,5 gigatonelada de gás carbônico fosse liberada na atmosfera. Desde 2004, países teriam investido 2,3 trilhões em energias renováveis.
Somados, os investimentos da China, Índia e Brasil – os “três gigantes” – registraram um aumento de 16% em 2015, alcançando 120,2 bilhões de dólares. A China responde pela maior fatia deste volumoso orçamento – quase 100 bilhões.
Recursos do Brasil foram calculados em cerca de 7 bilhões. A maior parte dos investimentos foi destinada à produção de energia eólica (5,7 bilhões). Estimativas indicam que esse tipo de energia produziu dois gigawatts a mais em 2015 para o país.
Mercado de placas fotovoltaicas tende a crescer ainda mais
A pesquisa também revela que no ano passado, pela primeira vez, os projetos brasileiros em energia solar alcançaram a casa das centenas de milhões, chegando a 657 milhões de dólares. Segundo o relatório, isso poderia indicar o início de um novo grande mercado para o uso de placas fotovoltaicas.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) foi citado pela pesquisa como o quarto banco de desenvolvimento mais ativo do mundo no setor de financiamento de projetos de energia limpa.
O organismo brasileiro informou ao PNUMA e às outras instituições responsáveis pela pesquisa que emprestou o equivalente a 1,8 bilhão de dólares para iniciativas envolvendo energia eólica.
Quando considerados os investimentos globais, o documento mostra que as energias solar e eólica dominaram a produção limpa em 2015, gerando 118 gigawatts do total. Esse cálculo do PNUMA excluiu os valores associados a grandes hidrelétricas.
O uso de biomassa, de energia geotermal, de resíduos e de pequenas hidrelétricas produziu quantidades mais modestas de potência de acordo com a pesquisa.
Que os bons ventos continuem soprando!!
Marcia Cruz
marciacruz@conexaonordeste.com.br
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Fonte: Canal Bioenergia